Inteligência artificial pode ajudar no tratamento contra o câncer; entenda

Clarissa Mathias, oncologista clínica, pesquisadora e membro do Conselho de Administração da Oncoclínicas&Co, elaborou uma lista de terapias que têm se mostrado bem-sucedidas no tratamento oncológico. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) fez uma estimativa de mais de 700 mil casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. O tipo de câncer mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). O mais comum na população feminina é o câncer de mama – depois do de pele não melanoma – por sua vez, o câncer de próstata é o mais incidente nos homens. Além de campanhas de conscientização, que tratam sobre como o diagnóstico precoce é fundamental, novos tratamentos estão sendo aplicados de maneira cada vez mais precisa e individualizada, possibilitando um cenário em que as terapias possam ser estabelecidas no momento adequado e certo para cada paciente. Alguns avanços da medicina e também tecnológicos têm conquistado espaço no combate ao câncer. Conhecimento aprofundado do câncer Com os avanços da área oncológica, existem hoje formas de identificar as alterações genéticas das células cancerosas. O conhecimento mais detalhado dos aspectos do câncer possibilita diagnósticos mais confiáveis e com realização em estágios mais precoces. Os biomarcadores – que são características biológicas – por exemplo, podem ser utilizados para prever, diagnosticar e até tratar doenças. Inteligência artificial As ferramentas de Inteligência Artificial vão muito além do uso comum aplicado no cotidiano para facilitar tarefas básicas. A medicina também pode receber aplicações de IA, aproveitando da tecnologia para realizar o processamento de uma grande quantidade de dados e identificar aspectos complexos que podem indicar o direcionamento que deve ser tomado no tratamento. Imunoterapia A imunoterapia é um tratamento que faz o trabalho de estimular o sistema imunológico do paciente para combater doenças, como alergias, doenças autoimunes e até câncer. Agora, o tratamento está disponível também para casos oncológicos em estágios iniciais. Pesquisas recentes apontam dados que comprovam a possibilidade de aplicar a imunoterapia para pacientes que estão no início do tratamento contra o câncer, fazendo com que as chances de cura aumentem consideravelmente. Terapia CAR-T O método CAR-T faz uso das atividades de células T, que estão presentes no sistema imunológico, fazendo o papel de defender o corpo de doenças e de outros corpos estranhos. O objetivo do tratamento é fazer a manipulação das células para que passem a combater também as células cancerígenas. O método tem mostrado efetividade em casos avançados da doença, em que outros tratamentos não foram promissores. Combate ao câncer Os avanços nos tratamentos oncológicos estão proporcionando diagnósticos mais precisos, tornando o cenário futuro de combate ao câncer muito mais esperançoso para todos os pacientes e familiares. Referências: https://veja.abril.com.br/coluna/letra-de-medico/tratamento-do-cancer-os-5-principais-avancos-na-oncologia-em-2023https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025

Inovações tecnológicas na anestesiologia tornam os procedimentos mais seguros

As ferramentas tecnológicas aumentam a segurança e a eficácia dos procedimentos cirúrgicos, impactando de forma positiva até na recuperação do paciente. As técnicas anestésicas são ainda um verdadeiro marco para a medicina moderna. Antes, os procedimentos de cirurgia eram arriscados e extremamente dolorosos, fazendo que o paciente ficasse em um estado de sofrimento e sujeito a complicações que eram muito recorrentes justamente por não haver uma ferramenta eficaz para o controle da dor. O uso do éter como anestésico foi uma verdadeira mudança de chave para a medicina e, a partir de outras descobertas, a prática anestésica foi tornando-se cada vez mais tecnológica, eficiente e segura. A evolução das anestesias possibilitou uma ampliação significativa das operações cirúrgicas que podem ser realizadas com precisão. Após quase 200 anos desde o começo do uso de alguma ferramenta anestésica, o cenário da anestesiologia conta com inúmeras técnicas e avanços tecnológicos. Um exemplo é a anestesia regional ultrassônica guiada, que permite a visualização da posição da agulha em relação aos nervos, vasos sanguíneos e outras estruturas, apresentando resultados positivos na redução das dores após o procedimento cirúrgico e também na própria recuperação. Avanços que acontecem em outras áreas da medicina também são benéficos para os procedimentos anestesiológicos. Equipamentos como monitores de acompanhamento de sinais vitais, oxímetros de pulso, capnografia que avalia a quantidade de dióxido de carbono (CO2), e eletrocardiogramas contínuos, são fundamentais para o monitoramento efetivo do paciente, tornando o trabalho do médico anestesiologista mais preciso na administração dos medicamentos. Com um sistema de monitoramento anestésico, o médico consegue ter um controle e panorama do estado de saúde do paciente, permitindo uma atenção personalizada para cada paciente durante a aplicação da anestesia e todo procedimento que vem em sequência. Usando um eletroencefalograma, por exemplo, que registra a atividade elétrica do cérebro, o médico anestesiologista consegue acompanhar a profundidade anestésica por meio de uma análise do funcionamento cerebral. Com o exame, é possível verificar o nível que o paciente está sedado, mitigando os riscos de sub ou superdosagem dos medicamentos. Diante das novas técnicas e avanços anestésicos, os médicos devem certificar que os pacientes tenham noção dos riscos e benefícios apresentados pelas ferramentas anestésicas para que possam tomar uma decisão sobre o tratamento anestésico estando informados. Para evitar complicações e riscos, os médicos precisam realizar uma avaliação criteriosa de cada procedimento anestésico e também ter um olhar atento e individualizado para cada paciente, uma vez que cada pessoa pode apresentar uma reação diferente aos medicamentos anestésicos. Além do mais, fatores como peso, idade, condição de saúde e até questões genéticas podem impactar na resposta que o paciente terá com determinado medicamento. As inovações em anestesiologia devem ser acompanhadas de um processo de personalização do tratamento, garantindo a segurança e eficiência. Os anestesistas devem estar atentos às condições do paciente e também aos imprevistos que podem ocorrer durante e após os procedimentos. Com as novas técnicas, cada dia mais tecnológicas e eficientes, e com ferramentas de monitoramento, os cuidados anestésicos apresentam um cenário mais seguro e individualizado para cada paciente. Referências: https://anesthsolutions.com.br/evolucao-da-anestesia-inovacoes-e-tecnologias-emergentes/